“Minha primeira vez na bissexualidade feminina”
- A Libertina
- 31 de mar
- 4 min de leitura
Atualizado: 8 de abr
Sempre fui uma pessoa curiosa e aberta a novas descobertas, especialmente quando se tratava de explorar meus próprios desejos. Desde cedo, entendi a importância de me conhecer, entender o que me excita e o que não. E foi assim que, no último ano do ensino médio, vivi uma experiência que mudou completamente minha percepção sobre prazer.
Foi naquele ano que conheci Clara. Ela era novata na escola, e desde o primeiro dia chamou minha atenção. Tinha um sorriso marcante, um jeito de falar envolvente e uma inteligência que me atraía ainda mais. Além disso, seu corpo era hipnotizante: cintura marcada, quadris largos e um bumbum que, sem exagero, parecia esculpido à perfeição. Nos tornamos amigas rapidamente, compartilhando trabalhos escolares e conversas que iam de literatura a sonhos e segredos.
Em uma dessas conversas, o assunto desviou para sexualidade. Ela me confessou que tinha curiosidade de ficar com uma mulher, mas nunca tivera coragem. Sorri, sentindo uma excitação inesperada, e revelei que também nutria essa curiosidade. Foi quando ela fez a proposta: que descobríssemos isso juntas.
Aceitei sem hesitar. Afinal, éramos amigas, confiávamos uma na outra... O que poderia dar errado? Eu só não imaginava que, depois daquela noite, nunca mais seria a mesma.
O encontro
Marcamos para o fim de semana, na casa dela. Compramos cervejas para relaxar e, entre goles e risadas, a tensão foi se tornando palpável. Clara foi quem tomou a iniciativa. Com a boca na garrafa long neck, me olhou de um jeito que fez meu corpo inteiro formigar. Uma mão sua deslizou pelo meu braço, depois pela minha coxa, de maneira leve, quase inocente, mas cheia de intenção. Meu coração acelerou.
Sem desviar o olhar, ela abaixou a alça do meu vestido. Fiquei sem reação, sentindo o calor subir pelo meu corpo. Então, fiz o mesmo. Quando nossos vestidos deslizaram pelo chão, estávamos ali, sem barreiras, apenas desejo.
Ela segurou meu rosto e me beijou. Um beijo quente, úmido, intenso. Nossas línguas se encontraram num encaixe perfeito, fazendo um arrepio percorrer minha espinha. Suas mãos deslizaram pela minha pele, me puxando para mais perto, até que nossos corpos estivessem colados, pele contra pele.
Deitei na cama, sentindo sua boca explorar cada centímetro de mim. Ela beijou meu pescoço, mordeu de leve minha clavícula e então desceu, seus lábios quentes envolvendo um dos meus seios enquanto a mão apertava o outro. Fechei os olhos, entregando-me à sensação, sentindo cada lambida, cada sucção, cada provocação.
Mas ela não parou por aí. Sua boca continuou descendo, traçando um caminho lento e torturante pela minha barriga até alcançar meu umbigo. Meus músculos contraíram em antecipação. Segurei o lençol com força quando senti sua língua deslizar sobre meu clitóris.
O prazer
A primeira lambida me fez arfar. Ela começou devagar, saboreando cada reação minha, até que a provocação virou intensidade. Sua boca alternava entre sugadas e lambidas precisas, enquanto seus dedos me preenchiam deliciosamente. Cada movimento era calculado, como se ela já soubesse exatamente o que fazer para me levar à loucura.
Eu sentia o orgasmo se aproximando, mas queria prolongar aquele momento. Então, me ergui e inverti os papéis. Agora era minha vez de explorar cada centímetro dela.
Desci meus lábios por seu corpo, demorando-me nos lugares que a faziam arfar. Quando cheguei à sua virilha, senti seu corpo estremecer sob meus toques. Clara mordeu o lábio, ofegante, enquanto eu brincava com a ponta da língua em seu clitóris, provocando antes de me aprofundar no prazer que queria dar a ela.
O sabor dela me embriagou. Sua pele estava quente, seu corpo se arqueava, e quando introduzi meus dedos dentro dela, pude sentir o quanto estava molhada. Ela agarrou meus cabelos, puxando-me para mais perto, guiando meus movimentos.
Então, tomados pelo desejo, nossos corpos se encaixaram de uma maneira diferente. Posicionei-me sobre ela, nossas intimidades se tocando diretamente. A fricção foi eletrizante. Nos movimentamos no mesmo ritmo, cada ondulação aumentando a intensidade do prazer.
O suor escorria por nossos corpos. Ela me pediu para não parar, sua voz entrecortada pelo prazer. Eu também estava no limite. O clímax veio arrebatador, um calor intenso que se espalhou por todo o meu corpo.
“Eu vou gozar”, gemi.
“Eu também!”, Clara respondeu.
E então aconteceu. Gozamos juntas, em um êxtase compartilhado, nossos corpos tremendo, nossos gemidos se misturando. Foi um momento surreal, uma conexão indescritível. Ficamos ali, ofegantes, sentindo o pulsar do prazer em cada célula de nossos corpos.
Depois...
Deitamos lado a lado, ainda absorvendo o que tinha acontecido. Então, rimos. Uma risada gostosa, cúmplice. Conversamos sobre como tinha sido incrível para uma primeira vez.
E não foi a última. Naquela mesma semana, repetimos.
A vida nos levou para caminhos diferentes, e Clara acabou se mudando para outra cidade. Perdemos o contato, mas a experiência que vivemos ficou marcada em mim.
Foi assim que descobri que minha sexualidade ia além do que eu imaginava.
E nunca mais olhei para o desejo da mesma forma. A bissexualidade me invadiu!





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