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“Tempestade e fogo” - Parte 2 💨🔥

Quando o limite se rompe, nasce o prazer sem amarras.


Depois daquela dança carregada de tensão e desejo, fomos convidados para um after. Uma casa discreta, mas elegante, já conhecida entre os frequentadores mais íntimos do clube. Aceitamos. Entre olhares trocados e beijos rápidos roubados no carro, eu já sentia as pernas trêmulas. A excitação não cedia. Ela crescia, pulsava, e se acumulava como lava prestes a explodir.


Na casa, o clima era outro. Mais íntimo. A luz era quente, âmbar, como o reflexo de uma lareira invisível. Um grupo já conhecido entre si se acomodava em sofás, com copos de bebida nas mãos e histórias libertinas na ponta da língua. O ar era carregado de desejo e liberdade. Era como se o mundo real tivesse deixado de existir do lado de fora daquela porta.


Sentamos juntos, um de cada lado do sofá. O whisky queimava na garganta e acendia ainda mais o calor interno. Conversávamos, ríamos, nos soltávamos. E então, ela apareceu — a mulher do grupo que mais chamava atenção. Alta, pele clara, seios fartos moldando a blusa colada. Olhos de quem saboreia devagar. Ela me olhou como se estivesse me estudando, e então se aproximou, sem pressa, como uma fera que pressente a presa.


— Posso te tocar?


A pergunta veio baixa, quente, tão íntima que arrepiou até a alma. Meus olhos foram direto para os do meu marido. Ele me olhava como se estivesse me despindo com o pensamento. A boca entreaberta, o copo apertado com força. Assenti com a cabeça, o coração martelando no peito.


Ela se ajoelhou à minha frente. As mãos subiram pelos meus joelhos, pelas coxas, até encontrarem meus seios por cima do vestido. Apertou devagar, com cuidado e firmeza ao mesmo tempo, provocando um gemido baixo que escapou sem que eu quisesse. Ela sorriu. Desceu uma mão, sem pressa, até alcançar a barra do meu vestido. E quando deslizou os dedos por baixo da minha calcinha, senti o mundo parar.


Minhas pernas abriram por instinto. Ela tocava meu sexo por cima do tecido fino, desenhando círculos suaves com os dedos. Eu tremia. Mas não de medo — era puro desejo, pura entrega. Me mantive de pé, com a mão firme no copo, enquanto olhava direto nos olhos do meu homem. Ele estava absorto. O olhar preso em mim. Sedento.


Ela então puxou minha calcinha com delicadeza, abaixando-a devagar até que escorregasse pelas minhas pernas, caindo no chão. Pegou meu vestido e o deslizou por meu corpo, me deixando completamente nua, ali, diante de todos. Eu sentia os olhares sobre mim. E aquilo… me incendiava.


Me senti mais poderosa do que nunca.


Ela beijou minha barriga, lambeu minha virilha, mas não foi além. Me olhou, sorriu e disse:


— Agora ele é seu. Vai lá, mostra pra todo mundo o que é ser desejada por um homem que te devora.


Meu marido não precisou de convite. Veio até mim com um olhar feroz, me tomou pela cintura e me beijou como se eu fosse dele pela primeira vez. Me pegou no colo e me deitou no sofá de couro, enquanto as conversas cessavam ao redor. Os olhares se voltaram para nós. E nós? Esquecemos de tudo. Só existia o toque, o calor, a luxúria.


Ele me penetrou com força, com sede, com uma intensidade que nunca tínhamos alcançado. Eu gemia alto, sem vergonha. Gozava sem pedir permissão. As mãos dele marcavam minha pele, os dentes cravavam meu pescoço. Era selvagem, era libertador. E ao nosso redor, os outros assistiam. Alguns se tocavam, outros transavam também. Mas os olhos… os olhos estavam em nós.


Foi a melhor foda da nossa vida.


Ali, entre gemidos, respirações ofegantes e olhares lascivos, entendi: o ciúme que antes me destruía tinha se transformado. Virou desejo. Virou poder. Fome. Fogo. Eu não precisava mais controlar. Eu queria mostrar. Provocar. Dividir — mas com as rédeas em nossas mãos.


A partir daquela noite, tudo mudou.


Criamos laços com aquele grupo. Passamos a frequentar a casa juntos, sempre buscando algo novo. O meu homem? Ele se tornou ainda mais meu. Não porque eu o prendia… mas porque agora, eu o excitava de um jeito que ninguém mais poderia.


Nós descobrimos o nosso lado libertino.

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